Sinopse:
– Puxa a cadeira. Senta aí e vamos molhar a garganta.
Assim começa a se formar a roda no ambiente que é a síntese da solidariedade. Se há bares para aguardar a chegada do sol, há também aqueles para esperar as estrelas. Mas em todos há sempre um ombro para o companheiro chorar suas mágoas ou alguém para lhe oferecer uma bicada.
No bar, você não sentirá sede, jamais. Aos poucos, vão chegando e contando suas histórias. É como tirar siri da lata: você puxa um e vem aquela fieira. Sempre tem alguém para esquentar a conversa com a expressão “você sabe o fula no?” ou “você viu o que aconteceu com o sicrano?”. O tempo passa muito depressa e chega a hora da saideira. Do “o que vou dizer em casa?”.
“Memórias de um boêmio de chinelos” revela o que o Autor viu, ouviu ou soube por aí. Algumas até viveu... Desde o tempo das repúblicas estudantis.
E na hora da “farmácia”, aquela mistura do “de tudo um pouco”, estão saborosas crônicas. Alegrias ou tristezas. Tudo está por aí ao derredor. Basta ter olhos e ouvidos atentos e o coração aberto. Assim é o cotidiano. A paisagem do dia a dia. Tudo com o olhar atento e a memória de quem viveu mais de 50 anos no jornalismo.