Já fui moço, já gozei a mocidade. Se me lembro dela me dá saudade...
Dela... quem? Ora! Dela... a mocidade!
Foi pensando assim que me encaminhei para a fila de vacinação.
Para amenizar saudades e remorsos pulei para a segunda estrofe:
Ninguém viveu a vida que eu vivi. Ninguém sofreu na vida o que eu sofri.
Confesso que naquele momento não houve lágrimas sentidas e tampouco sorrisos francos.
Apenas percebi que passagens longínquas refletem-se hoje em dia nos meus cabelos brancos.